A tradicional segada, prévia à malhada, é a ceifa, o pão que se corta nos alvores da manhã, seitoira na mão e centeio na outra. Acontece no final da Primavera, quando o trigo já crescido, deixou o verde e se tornou no amarelo que se haverá de levar ao moinho e ao forno. A segada dos cereais faz-se no mês à roda do S. João, no Junho do quase estio, pica e corte.
O dia da malhada é o dia de mais trabalho e maior festa. Depois de feita a colheita do cereal, a segada, chega a tarefa de separar o grão da palha. Centeio e trigo, semeados em Setembro, após a descida dos animais para as cortes. A malhada é a debulha, entre Julho e Agosto, com caldo de leite com abobora no fim da jorna.
Na Terça-feira Gorda, último dia do Entrudo, a comunidade reúne-se para o Enterro do Rico Irmão, filho da aldeia que deixa testamento, julgado em tribunal público, acusado e chacoteado, à espera da beira do rio, onde se cumpre destino trágico de farsa. Cumprido o julgamento, a Farsa prossegue com escarnio e procissão até ao Côvo.
A Feira do Fumeiro é o grande certame da freguesia, celebrando o bácoro, que engorda no Inverno e quase sempre a seguir ao Natal e antes do Carnaval, a matança e desmancha. O reco por lá fica ao dependurado e as tripas, mais a bexiga, vão ao rio a lavar. Separadas as tripas, diferentes para chouriços ou salpicões, enchem-se as que reclamam acrescento: sal, salsa, cebola e lencinhos.